Certamente que há
assuntos mais agradáveis de escrever e de se ler, do que escrever sobre os últimos dias de vida da minha mãe que foram passados num leito do hospital,
sofrendo a angústia da doença que já se manifestava na sua fase terminal.
Não há dúvida de que o
ambiente hospitalar nos deixa tensos e preocupados, principalmente porque nós,
leigos familiares do doente, nem sempre percebemos a razão de determinados
procedimentos, além de, muitas vezes, testemunharmos, também, o sofrimento
alheio, em certos casos bem maiores que o nosso.
No entanto, quando a
boa-sorte nos brinda com a possibilidade de vermos o nosso familiar, neste caso
a minha mãe, de ser atendida por uma equipa capaz, atenciosa e sobretudo muito
humana, o sofrimento do doente e da família diminui.
Foi exactamente isto o
que ocorreu no meu caso, durante os internamentos da minha mãe, mais
especificamente o último internamento antes de falecer.
Em todos os momentos me
senti seguro e amparado, pois percebi a competência e o interesse de todos para
que o meu processo de lhe aliviar o sofrimento fosse o mais eficaz possível.
Por todo o carinho que
deram à minha mãe e que deram à minha família sinto a obrigação de agradecer a
todos os que colaboraram, sobretudo sabendo das precárias condições de trabalho
que são oferecidas aos profissionais de saúde em geral.
Não posso deixar de destingir o melhor entre os melhores, por isso quero agradecer publicamente à
Enfermeira Elisabete Mendes da Ginecologia – Unidade C, a suas enormes
qualidades humanas, profissionais ajudaram e muito a manter o máximo da dignidade
humana e qualidade de vida da minha mãe. Obrigado Elisabete Mendes.
Assim, mais uma vez
agradeço-lhes, desejando a todos um sorridente futuro.
Carinhosamente,
Jorge Neves
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