Se a vitória da coligação me surpreendeu? Claro que não, um
grupo bem restrito de amigos pode o confirmar.
Se me empenhei na campanha? Claro que sim. Adoro fazer
política de proximidade, de escutar as pessoas, de as esclarecer e informar.
Se sou do PS? Sou socialista sim.
Se sou apoiante de António Costa? Claro que não, sou apoiante
de Seguro, o que não significa ser contra António Costa.
Se os portugueses vão ter o que merecem? Claro que vão, e
desta vez não tenho disponibilidade para ouvir as suas lamurias.
O partido Socialista perdeu, a Coligação PSD/CDS-PP venceu,
mas será que podem cantar vitoria ou para passarem à fase seguinte dependem do
PS? Claro que dependem e disso não tenham a menor duvida. Quem vence que
governe, mas neste caso em concreto vai precisar de outros para governar, e
espero muito sinceramente que o PS esta firme, não aposte no “nim” porque corre
o risco de continuar a ver o eleitorado a fugir para o Bloco de Esquerda.
Duvidas que a subida do Bloco se deve a
militantes/simpatizantes do PS? Não tenham, mas também podem ter a certeza que
esses militantes e simpatizantes não votaram no Bloco mas sim na Catarina
Martins, porque a observam como um líder, um verdadeiro líder de esquerda.
Nas muitas conversas que tive durante a campanha eleitoral,
muitos militantes e simpatizantes, afirmaram que não iam votar no PS porque
tinham receio que António Costa fizesse a Portugal o que fez a Seguro, e ai não
tive argumentos para os contradizer, porque também é o mesmo sentimento, mas
votei PS.
Se internamente pode ficar tudo como está após esta derrota e
tendo como base o que se passou com a pequena vitória de Seguro nas eleições
europeias? Claro que não pode, mas tudo a seu tempo. Março é o tempo certo, e
Maio o mês ideal …
Só espero que o PS faça política de esquerda e não estenda a
passadeira a este governo fascista.
Continuarei este desabafo em outra altura.
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