sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Arco-íris em Coimbra

Noite gelada em frente da lareira

Água mole em ferro podre tanto bate até haver soldadura.

Antes
 Depois

Querem tratar da saúde aos Utentes da Extensão Sá da Bandeira em Coimbra

No Centro de Saúde de Celas em Coimbra, onde está a funcionar provisoriamente a Extensão Sá da Bandeira, está instalado o caos, não só pela enorme falta de condições físicas e humanas como a nível operacional.
É inadmissível que devido à ausência de uma médica por se encontrar doente já vai para um ano e ai nada apontar, os médicos também são humanos e adoecem como outra pessoa qualquer, ainda não se tenha garantido a sua substituição de forma permanente.
Primeiro foi substituída por uma médica já aposentada, que desempenhou um excelente serviço, de seguida por outra médica a recibo verde que no final do mês de Novembro deixou de aparecer por nunca lhe terem pago, e fez muito bem, porque quem trabalha tem de receber, mas quem acaba por sofrer as consequências são os utentes.
Existem muitos idosos e doentes crónicos sem médico, com consultas marcadas que não sabem se as vão ter, existe muitos utentes à espera das receitas médicas de medicamentos que têm de ser tomados de forma diária e uma das respostas que vão ouvindo é:” os médicos para passar as receitas não podem dar consultas, vão ter de esperar” e “ já estão receitas por passar à mais de uma semana, vai ter de esperar”.



Agradeço que ajudem os Utentes da Extensão Sá da Bandeira e que me ajudem a divulgar como tão mal se trata os doentes e a saúde no nosso Portugal.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Impressos: não os compre... Imprima-os!

Se precisa de impressos, não os compre (Portugal apenas)
Para os que não conhecem, esta é uma boa dica.
 Clica em cima de : Existe um site

Onde é possível consultarem e imprimirem os vários impressos necessários para registos, alterações, etc., relativos a BI, registos Prediais, registo Automóvel, etc.

Ou seja, em vez de nos dirigirmos propositadamente às Finanças Notários, Cartórios, etc., e ficar em filas para comprar os respectivos impressos, preenchê-los ou pagar exorbitâncias para os serviços o preencherem, quando podemos ser nós a fazê-lo, para depois perder mais tempo em novas filas para a entrega dos mesmos, pelo menos, com esta facilidade, metade do tempo e o dinheiro fica do nosso lado.

Como falar sobre o Natal!

Natal é um evento tão vulgar, tão tagarelado, apelante, mas ainda assim parece ser um assunto bastante difícil de se comentar.
Talvez esse bloqueio ocorra por que é difícil fugir aos estereótipos natalinos culturais, capitalistas e religiosos, já tão misturados e já tão enraizados. Ceia de natal, árvore de natal, peru, bacalhau e missa do galo.
Por outro lado, talvez seja difícil escrever sobre o Natal, por ser tão desigual a concepção de Natal de cada um. Para muitos um Natal feliz seria tão simples como ter um pedaço de pão e água para a ceia ou ver a sua doença curada, para outros tantos o grande feliz natal que eles esperam talvez seja um pouco de paz e para alguns um natal feliz seria viajar e fugir de todos os estereótipos capitalistas.
O importante é fazer com que o Natal seja um momento de reflexão, de reencontros, de fraternidade, de solidariedade e de paz. Fazer o que estiver ao nosso alcance para tornar o Natal do outro um momento feliz.
Pense nisso e tenha um feliz Natal.

Aproxima-se o Natal

Hoje é dia de enfeitar o pinheiro de Natal, aproveite a brincadeira para conversar com seus filhos sobre solidariedade, cooperação e principalmente sobre um aspecto muito negativo do Natal, que é o consumismo: comprar de forma inconsciente e pouco cuidadosa, consumindo recursos naturais e energia na produção de presentes que muitas vezes só duram uma noite.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Iº CONCURSO DE DECORAÇÃO DE NATAL DA VILA DE PENACOVA

A Câmara Municipal de Penacova, deixa a responsabilidade da iluminação de Natal nas mãos dos municipes.
Propõe um fantástico e emocionante concurso de decoração de Natal, com prémios de 175€.
Anúncio e regulamento no sítio do Municipio : Regulamento do concurso.



Restaurantes vão poder dar comida que sobra em vez de a deitarem ao lixo

(Foto do Publico)
"Iniciativa da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRSP) será lançada a 10 de Dezembro e inclui vales de refeições para carenciados."
Restaurantes vão poder dar comida que sobra em vez de a deitarem ao lixo - Sociedade - PUBLICO.PT

Gala do Desporto de Coimbra.

Era para estar presente em representação da Fundação Miguel Escobar em virtude de o seu Presidente se encontrar em Espanha. Mas depois de reflectir um pouco sobre a Gala, que penso que é uma boa iniciativa distinguir quem se destaca na sociedade, mas no contexto actual de grande crise económica e social não se justifica a realização de tal evento nos moldes que foi realizado.

As verbas que foram gastas na Gala poderiam e deveriam ser aplicadas na ajuda a instituições de solidariedade social e no combate á pobreza que vem alastrar pelas ruas de Coimbra, onde todos dias pernoitam dezenas de sem abrigo à chuva, ao frio e sem nada para comer.
A própria Fundação de que sou membro debate-se com imensas dificuldades em arranjar equipamentos, mesmo usados, sente enormes dificuldades em conseguir quem ofereça algo para poder dar as crianças no final dos treinos, já que todas elas são de famílias bastante carenciadas a vários níveis.
Foi por isto tudo que após reflectir e não me sentir bem com a minha maneira de ser e de ir contra os princípios e valores que defendo que decidi não estar presente na Gala do Desporto de Coimbra.

Tenho umas perguntinhas a sugerir à nossa prestimosa comunicação social, que anda sempre com falta de assuntos e é muito distraída. A quem é que Cavaco e a filha compraram, em 2001, 254 mil acções da SLN, grupo detentor do BPN?

O PR disse há tempos, em comunicado, que nunca tinha comprado nada ao BPN, mas «esqueceu-se» de mencionar a SLN, ou seja, o grupo que detinha o Banco. Como as acções da SLN não eram transaccionadas na bolsa, a quem é que Cavaco as comprou? À própria SLN? A algum accionista? Qual accionista? (Sobre este ponto, ver adiante.) Outra pergunta que não me sai da cachimónia: Como é que foi fixado o preço de 1 euro por acção? Atiraram moeda ao ar? Consultaram a bruxa? Recorreram a alguma firma especializada? Curiosamente, a transacção foi feita quando o BPN já cheirava a esturro, quando o Banco de Portugal já «andava em cima do BPN», ao ponto de Dias Loureiro (amigo dilecto de Cavaco e presidente do Congresso do PSD), ter ido, aliás desaconselhado por Oliveira e Costa, reclamar junto de António Marta, como este próprio afirmou e Oliveira e Costa confirmou. Outra pergunta: Cavaco pagou? E se pagou, fê-lo por transferência bancária, por cheque ou em cash? É importante saber se há rasto disso. Passaram dois anos.
Em carta de 2003 à SLN, Cavaco alegadamente «ordenou» a venda das suas acções, no que foi imitado pela filha. Da venda resultaram 72 mil contos de mais valias para ambos. Presumo que essas mais valias foram atempadamente declaradas ao fisco e que os respectivos impostos foram pagos. Tomo isso como certo, nem seria de esperar outra coisa. Uma coisa me faz aqui comichão nas meninges. Cavaco não podia «ordenar» a venda das acções (como disse atrás, não transaccionáveis na bolsa), mas apenas dizer que lhe apetecia vendê-las, se calhasse aparecer algum comprador para elas. A liquidez dessas «poupanças» de Cavaco era, com efeito, praticamente nula. Mas não é que o comprador apareceu prontamente, milagrosamente, disposto a pagar 1 euro e 40 cêntimos de mais valia por cada acção detida pela família Cavaco, quando as acções nem cotação tinham no mercado. E quem foi o benemérito comprador, quem foi? Com muito gosto esclareço, foi uma empresa chamada SLN Valor, o maior accionista da SLN. Cito o Expresso online: «Cavaco Silva e a filha deram ordem de venda das suas acções, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.» Ou seja, Oliveira e Costa praticamente ofereceu de mão beijada 72 mil contos de mais-valias à família Cavaco. E se foi Oliveira e Costa também a fixar o preço inicial de compra por Cavaco, então a coisa é perfeitamente clara. Que terá acontecido entre 2001 e 2003 para as acções de uma empresa que andava a ser importunada pelo Banco de Portugal terem «valorizado» 140 %? Falta, neste ponto, esclarecer várias coisas, a primeira das quais já vem de trás:
1. A quem comprou Cavaco e a filha as acções?
2. Terá sido à própria SLN Valor, que depois as recomprou?
3. Porque decidiu Cavaco vendê-las? Não tendo elas cotação no mercado, Cavaco não podia a priori esperar realizar mais-valias.
4. Terá tido algum palpite, vindo do interior do universo SLN, só amigos e correligionários, para que vendesse, antes que a coisa fosse por água abaixo?
5. Terá sido cheiro a esturro no nariz de Cavaco? Isso é que era bom saber!
6. Porque quis a SLN Valor (re)comprar aquelas acções? Tinha poucas?
7. Como fixou a SLN valor o preço de compra, com uma taxa de lucro bruto para o vendedor de 140% em dois anos, a lembrar as taxas praticadas pela banqueira do povo D. Branca? E já agora, se Cavaco Silva é tão preocupado com a pobreza e a inclusão dos cidadãos mais desvalidos, por que não aufere apenas o ordenado de Presidente da República?! Será porque é mal pago e tem que acumular com as reformas de professor, do Banco de Portugal e de primeiro-ministro?! Se estivesse sinceramente preocupado com os pobres e a recuperação das finanças do Estado, não deveria e poderia dar o exemplo e renunciar às reformas enquanto estivesse no activo?! Antes do Governo do dito senhor era assim, só se auferiam as reformas depois de deixar completamente o activo e os descontos eram englobados e pagas numa única prestação! Que espera o professor para dar um exemplo de Catão como é o do seu apoiante Ramalho Eanes, o único que renunciou ao pagamento de muitos milhões que o Estado lhe devia?
Afinal o dinheiro de todos e que é dos nossos impostos tem um valor muito diferente, consoante a moral dos governantes sérios e dos que se governam … Por hoje não tenho mais sugestões de perguntas à comunicação social.
(Recebido por mail)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Campanha de solidariedade das Concelhias de Coimbra da JS e PS


Campanha de solidariedade das Concelhias de Coimbra da JS e PS
Por iniciativa das Comissões Politicas Concelhias de Coimbra da Juventude Socialista (JS) e do Partido Socialista (PS), estão a decorrer até ao próximo dia 10 de Dezembro, duas campanhas de solidariedade a favor de duas instituições da cidade, a designar.
...Assim, apelamos à solidariedade de todos, para que possam entregar na Sede do PS (Rua Oliveira Matos), essencialmente:
- Bens alimentares não deterioráveis (por exemplo café moído), cobertores e outras roupas de Inverno;
- Brinquedos para as crianças, que estejam com o mínimo de condições de serem utilizados.
Contamos com o seu apoio.
André Oliveira
Carlos Cidade

CASA DOS POBRES DE COIMBRA


O CLUBE DA COMUNICAÇÃO SOCIAL DE COIMBRA promove no próximo dia 26 de Janeiro/2011, pelas 13.00 horas, um almoço solidário com a CASA DOS POBRES DE COIMBRA (terá lugar nas novas instalações em S. Martinho do Bispo).Neste almoço TODOS podem participar. Basta fazer a inscrição através dos tel. 239828773 - 964207682 (Rui Almeida).
(Retirado do perfil de Armando Braga da Cruz no Faecebook)

Jantar de Natal e de Comemoração dos meus 7 anos de carreira de Telmo Melo

Olá amigos, inscrevam-se já no jantar de natal e de comemoração dos meus 7 anos de carreira, Será no dia 11 de Dezembro, o jantar será Leitão e muito mais, o preço por pessoa é de 10€, com direito ao Jantar, espectáculo, e karaoke e muita animação toda a noite... inscreve-te e vem comemorar este dia que para mim será inesquecível e importante, o prazo de resposta será ate dia 7!!!
O jantar realiza-se no Salão do Real da Conchada.

Confirmações poderão ser feitas através do facebook, ou em telmo_melo_espectaculos@hotmail.com e através do 913440322

Carta aberta à RTP, AMI e a quem mais a quiser lerpor Myriam Zaluar a Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010 às 13:30


"Exmos Senhores


Venho por este meio manifestar a minha estranheza perante a descoberta de um evento* a realizar já no final do próximo mês com o apoio de intituições com o V/ nome e responsabilidade. Efectivamente, quando uma corrida se auto-intitula de "solidária", convém que os seus responsáveis esclareçam em que medida o é, a que critérios obedece e em que conceito de solidariedade se baseia. É que se a solidariedade consiste em passar nos territórios ocupados do Sahara Ocidental como se de um troço normal de uma qualquer corrida realizada no meio do Alentejo se tratasse, ou em "entregarem as viaturas às autoridades marroquinas" no final da corrida então talvez esteja na hora de a AMI, a RTP - e a Antena 3! - e a organização deste raide relerem os seus dicionários. Ou não saberão o que sucedeu em El Aaiun há menos de um mês? Ou não terão conhecimento do que se passa neste território há mais de 35 anos? Ou nunca terão ouvido falar de 200 mil refugiados saharauís a viver em acampamentos sem as mínimas condições - nos quais instituições como os Médicos do Mundo, entre outros, estão presentes, como pude comprovar com os meus próprios olhos quando me desloquei ao local... - enquanto Marrocos saqueia e comercializa as riquezas naturais do Sahara Ocidental com a conivência da UE? Nem da Prisão Negra de El Aaiun? Nem de centenas de desaparecidos? Nem dos relatórios da Amnistia Internacional ou do próprio responsável da MINURSO sobre as graves violações aos Direitos Humanos ali perpetradas? Ou teriam a RTP e a AMI apoiado uma corrida Portugal - Dili em tempos da ocupação indonésia?
Desde que viajei aos acampamentos de refugiados em Tinduf que me tinha confrontado com um constrangedor muro de silêncio face às minha inúmeras tentativas infrutíferas de publicar um trabalho de reportagem sobre esta realidade. A maior parte dos órgãos de comunicação social deste país tem passado este assunto em branco e mesmo os recentes acontecimentos em Al Aaiun foram tratados com uma incompreensível leveza totalmente desproporcionada com a sua dimensão. Nem mesmo o facto de as autoridades marroquinas - as mesmas às quais a corrida que se diz solidária pretende entregar jeeps - terem barrado a entrada nos territórios ocupados a todos os jornalistas que ali tentaram exercer o seu direito/dever de informar mereceram por parte da RTP ou da AMI (já que é destas instituições que estamos a falar) qualquer estranheza ou menção.
É, pois, com um profundo sentimento de descrédito em instituições que até agora me mereciam um mínimo de respeito que deixo estas questões mantendo um ténue esperança de que alguém as lerá e, no mímino, se interrogará comigo sobre a legitimidade e a ética que rodeiam tais iniciativas


sem mais de momento,com os melhores cumprimentos
Myriam Zaluar Jornalista, telespectadora e ex-beneficiária do Cartão de Saúde AMI

* o evento a que me refiro chama-se Portugal Dakar Challenge e auto-intitula-se Corrida Solidária!"
Mais informação em :http://www.portugaldakar.com

(Carta retirada do Faecebook)

MAIS UM MESTRADO INSTANTÂNEO... Esta malta não brinca em serviço !!!

Exactamente por isso, estamos tão mal geridos.
E assim se vai desfazendo um país.
E viva a República!
(Recebido por mail)

Diário da República...

...pois...são os pequeninos, “grandes” erros...

Proprietária de tabacaria no Funchal que deu os 1.º e 2.º prémios é, em termos legais, a real vencedora dos 50 milhões de euros

(Foto do DN online)
Como podemos verificar na notícia abaixo, existe sérios riscos em formar “sociedades” para os jogos da Santa Casa. Estamos perante uma proprietária da tabacaria onde foi registado o boletim do Euro milhões com bom senso e seriedade, mas podíamos não estar, o que moralmente seria reprovável mas legalmente correcto.
Este meu alerta bem no sentido dos apostadores que jogam em sociedade pensarem muito bem nos riscos que correm incluindo mesmo os “décimos” que compram nas casas onde se regista o jogo.
"Joana Silva, proprietária da tabacaria no Funchal que deu os 1.º e 2.º prémios do Euromilhões, a dividir por 20 apostadores, é em termos legais a real vencedora dos quase 50 milhões de euros. "Eu é que tenho os originais, e se quisesse até podia fugir... Mas não vai acontecer. O dinheiro vai ser distribuído pelos 20. Estou desejando que isto acabe", disse ao DN.
No dia seguinte à euforia muito controlada da saída do jackpot na Madeira, a loja n.º 5 do Mercado da Penteada assiste a um corrupio de gente que entra e sai para ali tentar a sorte no registo de apostas. A tabacaria que deu o prémio de quase 50 milhões de euros a 20 apostadores de uma sociedade, ali criada há três anos, é vista agora como a casa dos "milagres" e já tem listas de espera.
Mas há um pormenor legal em toda a história. A Santa Casa da Misericórdia não reconhece as apostas em sociedade, como a que agora foi contemplada com o prémio milionário. Ou seja, o vencedor para todos os efeitos é quem possui os originais dos boletins premiados. E esses, quem os tem é Joana. As questões que se colocam agora são as de saber quem é que levanta o dinheiro e que garantias têm os 20 apostadores.
"Quem cria uma sociedade destas tem de ser uma pessoa de respeito, que honre a palavra dada e seja responsável", reitera Joana Silva. Portanto, neste caso, não há nada a temer.
Para o advogado Ricardo Vieira, "juridicamente esta sociedade não tem consistência nenhuma. Aliás, é incorrecto chamar-lhe 'sociedade', nem sequer 'acordo'... é. sobretudo, aquilo a que o povo chama 'fazer uma vaquinha'. E que é uma relação de confiança. Ou seja, há um grupo de pessoas que se junta, por vezes na base da amizade, e que acredita que as receitas serão distribuídas consoante o montante das despesas realizadas", disse ao DN. Portanto, neste caso, "a Santa Casa irá atribuir o prémio a quem possuir os originais dos boletins, neste caso, ao titular da tabacaria".
E, agora, como é que Joana vai fazer as contas? "Semanalmente, entrego aos apostadores um papel com os números, mas que não tem valor nenhum. Tenho a lista actualizada semanalmente com os nomes das pessoas que entraram na sociedade.
Quando questionada sobre a hipótese de os 20 premiados lhe darem uma percentagem do "bolo", até porque foi ela a criadora da chave, Joana Silva tenta demonstrar a maior calma possível. "Se eles quiserem reconhecer... mas eu não quero, nem posso pensar nisso. Não quero que me implantem no cérebro maldades e injustiças. A minha cabeça está livre. Já falámos discretamente, e um dia destes teremos uma reunião", sublinhou.
Contudo, "isto vai demorar uns diazinhos. Tenho de lá ir (a Lisboa) levar os dois originais dos boletins (1.º e 2.º prémios) e trazer esta quantidade de dinheiro para dividir pelos sócios. Estou desejando que isto acabe, para bem deles e para meu bem", disse.
Joana desistiu da sociedade há cerca de três semanas, tal como muitos outros que não tinham dinheiro para pagar 18 euros semanais. "Mesmo assim, aquilo ia dando qualquer coisa. Às vezes compensava, mas também tivemos duas semanas seguidas sem nada, o que levou a abandonos."
Fonte : DNoticias

domingo, 28 de novembro de 2010

Deve-me dinheiro...


José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já.

Mário Crespo







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O amanhecer em Penacova