segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estou solidário com Carlos Clemente

Escrito por Patrícia Isabel Silva


Autarca critica socorro à vítima
Morador de S. Bartolomeu morre durante  excursão ao Cadaval
Uma excursão ao Cadaval, organizada pela Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, terminou da pior maneira, com a morte súbita de um dos participantes. Arlindo Lucas, com cerca de 70 anos, preparava-se para lanchar, quando sofreu, ao que tudo indica, uma paragem cardio-respiratória, que deixou em choque as dezenas de pessoas que aderiram a mais esta iniciativa da Junta de Freguesia.
Tudo aconteceu pouco antes das 17h00, em Pragança, quando o grupo já preparava o regresso a Coimbra, depois de um dia de convívio. Sem que nada o fizesse prever, o habitante de S. Bartolomeu, presença assídua nos passeios da sua freguesia, sentiu-se mal e, quando o INEM chegou ao local já nada havia a fazer.
Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, era ontem um homem revoltado com a acção do Instituto Nacional de Emergência Médica. «É inadmissível» que, conforme garantiu, entre a chamada para o 112 e a chegada da equipa médica do INEM tenha passado mais de meia-hora, embora se tenha dirigido, entretanto, para o terreno uma ambulância dos bombeiros.
Contactado pelo Diário de Coimbra, Pedro Coelho dos Santos, assessor de imprensa do INEM, explicou que o socorro demorou «oito minutos». Ou seja, a chamada foi efectuada às 17h06 e a ambulância dos Bombeiros Voluntários do Cadaval chegou às 17h14. Uma vez chegados ao local, os elementos da corporação deparam-se com um cenário de paragem cardio-respiratória e solicitaram a viatura médica do INEM, que se encontrava no Hospital de Torres Vedras, a cerca de 50 quilómetros do local. Às 17h38, quando chegaram junto à vítima, esta já se encontrava cadáver.
Embora Carlos Clemente continue a classificar o serviço do INEM «uma porcaria», Pedro Santos sublinha que o modo de actuar foi o correcto, accionando-se os meios mais próximos, que eram os Bombeiros do Cadaval. O autarca não está convencido e mantém a intenção de fazer uma exposição ao presidente do INEM e à ministra da Saúde.
Escrito por Patrícia Isabel Silva
Agora falo eu:
Estou solidário e concordo com as palavras do Carlos Clemente, eu estava presente, assisti a tudo.
Um grupo de moradores do Bairro da Boavista em Lisboa, que era constituído na sua maioria por Bombeiros da Cooperação do Estoril assistiram o amigo Lucas com os meios que tinham (a sua experiência e máximo empenho) .
A ambulância do Cadaval que apareceu com dois bombeiros demorou mais de 30 minutos a chegar ao local, não trazia algum tipo de equipamento para a reanimação, era uma simples ambulância de transporte de doentes, nem o aparelho de oxigénio portátil tinha.
O INEM chegou quase 45 minutos depois, não adianta continuar a relatar aqui o sucedido, concordo quando o Presidente Clemente diz que o INEM "é uma porcaria", eu digo mais a Ministra da Saúde é a culpada moral e não só desta porcaria toda.
Força Presidente, pode contar comigo para esta "batalha" caso seja necessário, não pode continuar a morrer pessoas por falta de assistência, ontem ficou provado que existe muita falta de meios no interior de Portugal.

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