quinta-feira, 29 de julho de 2010

O comércio da Baixa, tem qualidade e condições de sobreviver.

Como brigar com as grandes superfícies (que agora vão poder estar abertas ao Domingo) que brotam como tortulhos na nossa Cidade?
É realmente complicado combater não só os preços praticados como também a comodidade que é estacionar o carro á porta do local onde se fazem compras assim como toda a panóplia de produtos apresentados.
Na minha opinião cabe á associação empresarial e à Câmara Municipal da cidade dinamizar o centro histórico (a Junta de freguesia são Bartolomeu, muito tem feito e continuará a fazer, mas sozinha não tem meios humanos nem financeiros para mais) e tentar trazer para intra-muros os milhares de visitantes e de estudantes universitários que a nossa cidade tem.
São variadíssimas as possibilidades de cativar o possível comprador a entrar na cidade para a visitar e fazer as suas compras.
A cidade tem todas as condições para poder conquistar qualquer pessoa a realizar as compras pela Baixa. A publicidade, a iniciativa dos próprios comerciantes assim como o aproveitar de todas os eventos feitos pela Câmara Municipal, APBC e Junta de Freguesia poderão ser um atractivo.
O comércio da Baixa, qualidade tem condições de sobreviver.
O comércio de primeira necessidade e das lojas dos chineses é uma mina.
Mas o que todo o comércio precisa de fazer é diversificar o horário. Se calhar, durante a semana dá mais das 19 às 20 horas do que das 9 às 11 horas.
Mas mudar hábitos e mentalidades são tarefas muito complicadas e demoradas.
É sempre mais fácil queixar que "está tudo muito mau", do que cada um contribuir com uma cedência individual para safar o interesse colectivo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Jorginho,
gostei do teu artigo, se bem que já li artigos teus melhor estruturados e com um português mais cuidado.
É verdade que parte de todos nós o apoio ao comércio tradicional. Nós consumidores que criticamos mas acabamos nas mãos da globalização, dos logistas que muitas vezes pouco fazem; ou no caso específico da Valise que canaliza determinado tipo de produtos de qualidade para as grandes superfícies e abandonando a baixa a um comércio mais medíocre; à Câmara que dá alvará às lojas dos chineses que descaracterizam e arruinam o comércio da baixa, à Câmara que não incentiva a venda ou o arrendamento de habitações dignas à sociedade de classe média optando por políticas sociais ultrapassadas de caridade, à Câmara que pode ou não licenciar a abertura do espaço comercial aos Domingos.
Nós somos portugueses gostamos de criticar, gostamos de imitar e sonhamos em ser um país de 1º mundo, mas nos paises de 1º mundo o comércio está todo fechado ao Domingo....nós??? Nós somos um país em vias de desenvolvimento, cheio de pessoas que se deixam levar pela aparência e pelo consumismo ao invés da cultura, do lazer e quiçá da família!!!

LUIS FERNANDES disse...

Pois é, Jorge. Esta questão do comércio tradicional, na análise, é uma espécie de catalisador, por mais voltas e revoltas que demos ao quarteirão as reacções acabam por se apresentar sempre inalteráveis. Ou seja,todas convergem no mesmo sentido: alguma coisa terá de ser feita. Mas como?, se o Estado se desonera da responsabilidade que lhe cabe enquanto mediador e defensor de todas as forças em confronto na economia? Como mestre a driblar, passa à bola às autarquias, estas, olhando apenas o interesse imediato das mais-valias das grandes superfícies, fazem uma fífia, parecendo que estão muito preocupados com as lojas de rua, e chutam para canto, para os comerciantes irem apanhar o esférico. Neste meio tempo, enquanto vão e não chegam, vão fazendo umas festas alegóricas nas ruas, acompanhadas de uns discursos bonitos, e o "Zé mercador", que por acaso -só mesmo por acaso- até um bocado para o parvoide, engole tudo. Como já nasceu cansado -porque gostar de trabalhar mesmo, era o pai, que até comprou o edifício onde está agora a loja-, não está mesmo para se esforçar. É verdade que esta canícula também não convida...mas isto já vai longo como ó "caraças", não vai? Vou mas é ficar por aqui...senão ainda chega o Inverno e eu a "botar faladura"...