sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Piso superior da Pastelaria Palmeira ocupado por toxicodependentes

(Foto publicada no DC)
Vem publicada uma notícia no DC hoje, que demonstra inteiramente a minha preocupação como morador e encarregado de educação.
"Metro Mondego inspeccionou outros prédios expropriados para apurar se existem mais casos de invasão de propriedade privada. Teme-se que indefinição do Governo aumente insegurança nos edifícios devolutos
O piso superior da Pastelaria Palmeira, na Rua da Sofia, tem sido ocupado por grupos de toxicodependentes, que por ali pernoitam e consomem droga. No local, são evidentes as marcas de indivíduos consumidores de estupefacientes, nomeadamente seringas, mas também lixo variado e até fezes em algumas das várias divisões do edifício, expropriado pela Metro Mondego (MM) para a construção do canal da Baixa.
António Pereira, proprietário da pastelaria, adianta que a ocupação do prédio já não é recente, mas no sábado passado foram apanhadas duas pessoas em flagrante, tendo sido chamada a PSP ao local. De acordo com o comerciante, os indivíduos entram para o prédio através de arrombamento de porta e também por uma janela que está a cerca de 10 metros do solo na Travessa da Rua Nova, de onde foi arrancado um varandim de ferro, com vários quilos.
Apesar da indefinição do Governo, António Pereira tem indicação da Metro Mondego para abandonar a totalidade do prédio em meados de Janeiro, para reconstrução, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego. Ao alertar para o perigo, teme que situações idênticas possam estar a acontecer noutros prédios devolutos da Baixa, que assim podem continuar por tempo indeterminado caso o projecto fique condicionado pelo Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC)
O Diário de Coimbra apurou que a MM ainda esta semana procedeu a uma ronda pelos edifícios desocupados, no sentido de perceber se o que se está a acontecer na Pastelaria Palmeira era caso único. Ao que foi possível perceber, não há registos de outras marcas de utilização, confirmou João Rebelo, representante da Câmara de Coimbra na Metro Mondego, revelando que a sociedade, como proprietária, não foi informada formalmente do que se passou no prédio da Palmeira"
Já algum tempo publiquei/denunciei neste blogue e no blogue Questões Nacionais  e nos jornais locais, um artigo a dar conta desta e de outras situações semelhantes, que volto a publicar .
“Os caminhos labirínticos do consumo e tráfico de droga e prostituição da cidade de Coimbra, vai desde o Largo da Portagem (tráfico principalmente Buprenorfina (subutex)); Largo do Romal (consumos com prevalência de álcool); Praça do Comércio (consumo e tráfico SPA); Terreiro da Erva (consumo e tráfico SPA com grande concentração de indivíduos à hora das refeições); Azinhaga da Pitorra e Fábrica Ideal e Triunfo (consumo endovenoso, prostituição).”

Estas são algumas das zonas e edifícios, mais referenciados por ocupação de toxicodependentes, prostitutas e sem abrigo da cidade de Coimbra, que segundo dados oficiais, publicados no Diagnóstico de território – Baixa – Coimbra 2008,os toxicodependentes referenciados são 198, as prostitutas cerca de 100 e os sem-abrigo 70, dados estes que não andam muito longe da realidade no inicio de 2010.
No meu entender existe habitações com perigo para a saúde pública, nomeadamente os edifícios da antiga fábrica Ideal e Triunfo, onde as agulhas, seringas com resto de sangue, lâminas, frascos com metadona, comprimidos, dejectos que se misturam com os ratos que por ali vagueiam a céu aberto junto às instalações e no seu interior.
Já por várias vezes os agentes de socorro foram buscar toxicodependentes com overdose de heroína e os bombeiros chamados por causa de incêndios nas referidas instalações.

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