quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estou vivo e não quero ter medo de ir a Coimbra-B por Manuel Rocha

Estou vivo e não quero ter medo de ir a Coimbra-B por Manuel Rocha a quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011 às 2:44

Queridos amigos! Boletim clínico: fractura do perónio e lesão na articulação da perna direita; escoriações muito ligeiras; sem mais lesões físicas ou morais; sono profundo e descansado. Descrição da ocorrência: abordagem por marginal à entrada da estação de Coimbra-B; impedimento, pelo dito, de fecho da porta do automóvel; reacção enérgica, minha, à prepotência do marginal; agressão primeira sob a forma de pontapé; reacção enérgica, minha, saindo do carro para desimpedir a via pública (revelando excesso de visionamento de séries norte-americanas nas quais o "bom" ganha sempre); confronto físico de exagerada proximidade; intervenção do resto da alcateia colocando-me em inferioridade numérica e física seguida de manobra de elemento feminino (demonstrativo de elevado profissionalismo) de inutilização do membro acima referido; pausa para retirar os feridos do campo de batalha (eu). Análise de conteúdo: não se tratou de violência étnica - os bandidos são bandidos seja qual for a característica dos indivíduos. A atitude demissionária e de assobiar para o ar de quem presenciou a ocorrência, não pode ser justificada pelo medo (característica, como é sabido, de quem tem cú), ou não faria sentido evocar esse pilar da civilização ocidental que é o amor ao próximo. Moral da história: há que lutar pela criação de condições que reduzam os caldos de cultura da marginalidade; há que reprimir sem contemplações e com máxima contundência os assomos de marginalidade; há que denunciar a atitude que produz "Solidariedade sim, mas só se for a do Banco Alimentar contra a fome". Tenho a perna partida, é certo. Mas desta vão tratar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Quem vai tratar da violência criminosa dos marginais e da criminosa (por omissão) passividade dos cidadãos cumpridores? Grande abraço de gratidão pela vossa amizade.

Texto retirado do Facebook

Nota:
Foi de uma enorme cobradia a agressão ao Manel e ao seu amigo e sinto uma revolta enorme ao saber que existiam pessoas a assistir a tudo e nada fizeram.
Muito mal vai a nossa sociedade muito mal vão os nossos taxistas e principalmente muito mal vai a sefurança na nossa cidade.
Será assim tão dificil saber quem foi? Claro que não, toda a gente sabe quem "manda" naquela zona.

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