sábado, 24 de abril de 2010

Abandono do Centro Histórico

"Infelizmente, é com muita tristeza minha que encaro a situação da Baixinha de Coimbra e do centro histórico da nossa cidade, praticamente ao abandono, e a degradar-se mais a cada dia que passa.
A diminuição da população nas últimas décadas na Freguesia de São Bartolomeu é um dado assente.
É uma população envelhecida e maioritariamente carenciada, que não possui rendimentos suficientes para reabilitar os edifícios. Não irão ser os condomínios privados que se constroem nas periferias que vão combater a desertificação. É necessário aproveitar as infra-estruturas já existentes, para assim podermos remodelar e dar vida nova ao centro histórico da cidade. Urge dar a conhecer a todos os cidadãos de Coimbra, que o seu centro histórico irá continuar a ser entregue ao abandono, com o encerramento e a deslocação diária de estabelecimentos comerciais para as grandes superfícies. Não me espantaria nada, que dentro de alguns poucos anos, os serviços camarários, mudem para um novo edifício administrativo, com enormes custos mensais à autarquia e consequentemente aos munícipes, em nome de uma politica de proximidade.
Qual será o futuro dos pequenos comerciantes que ainda vão resistindo pelo centro histórico?
É por tudo isto que existe a obrigação de apostar nas obras de conservação e no cada vez maior mercado de arrendamento dos edifícios do centro histórico.
É urgente utilizar todos os mecanismos possíveis para a recuperação urbana do centro histórico de Coimbra. É necessário trazer os jovens de novo para o centro histórico, e para isso há que criar residências universitárias, recuperar os prédios do centro histórico e disponibiliza-los para fogos de habitação jovem. Desenvolver um programa de habitação jovem nos núcleos de formação histórica. Alguns dos edifícios do centro histórico são de grande dimensão, como T4 ou T5 ou até alguns T6, o que permite a sua reconversão, aumentando o número de casas disponíveis.
Desta forma, cada fogo pode permitir construir pelo menos 3 novas casas, requalificando e transformando-se, em grande parte, em casas mais pequenas, de maior interesse para os jovens."

Texto adaptado à realidade de Coimbra

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